Eu estou presa nesta cela.
Mas dentro dela ainda posso voar!
"Eu queria ser eternamente criança... Para que quando eu caísse, as pessoas ao invés de rirem de mim, me segurassem pelas mãos e me mostrassem que tudo estaria sobre controle..."
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Cravar.

Beba-me em doses lentas,
degustando meu sabor em seu paladar...
Trague-me em inspiradas intensas,
para meu cheiro te desorientar...
Tenha-me em ritmos diferentes,
para sentir o meu pulsar, a calmaria, a agonia...
Transforme a cama em mesa!
Coma partes distintas de mim,
Sinta o tremor de meus lábios,
Vibre no pesar de meu corpo.
Perca a noção do limite!
Vista-se para a noite,
Fique nu para o dia,
Venha aqui pela tarde.
Vire,
Revire,
Entre em mim!
Saia de mim!
Perca-se,
Pelos cabelos, pelos seios, pelos pêlos, pelos pés!
E permita-me,
Na sua alma,
Pela sua carne,
Desorientar-te!
degustando meu sabor em seu paladar...
Trague-me em inspiradas intensas,
para meu cheiro te desorientar...
Tenha-me em ritmos diferentes,
para sentir o meu pulsar, a calmaria, a agonia...
Transforme a cama em mesa!
Coma partes distintas de mim,
Sinta o tremor de meus lábios,
Vibre no pesar de meu corpo.
Perca a noção do limite!
Vista-se para a noite,
Fique nu para o dia,
Venha aqui pela tarde.
Vire,
Revire,
Entre em mim!
Saia de mim!
Perca-se,
Pelos cabelos, pelos seios, pelos pêlos, pelos pés!
E permita-me,
Na sua alma,
Pela sua carne,
Desorientar-te!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
De mim - Ada
Já não sei falar do tempo, nem das armas que deixei pelo caminho... Tão pouco posso ter discernimento e controle do meu prazer. E foi naquela estação de trem que perdi as minhas poucas e últimas razões...
Descubro-me a cada passar de dia, noto o quanto sou volúvel a música que é entoada ao fundo, pela vitrola já desgastada pelo correr dos anos. O meu pensamento não é complexo, porém tão menos linear. Possivelmente eu seja justa, no entanto a única certeza que carrego é a da fidelidade a mim mesma, aos meus desejos. Já perdi tantas vezes, ganhei tantas outras, e não me importa mais competir comigo. Cansei de me cansar e tantas insistidas vezes correr contra o instante completo.
O (meu) passado tem o peso de uma caixinha musical, em que toda vez que a abro salta a pequena bailarina, de saia rodada, equilibrando-se sobre a ponta dos pés,e rodando, e movimentando nostalgicamente o segundo, e com os braços erguidos implorando apego. Sem parar, sem cessar, sem desistir. E “bum”! A fecho de novo.
O (meu) futuro é utópico. Lembro-me de fazer dele uma quimera e possivelmente por isso eu viva descontente. E esse descontentamento me faz encarar a vida como uma ausência contínua, mas que pouco me importa estar completa. Gosto de sofrer antecipadamente pelo o que não aconteceu. Gosto de fazer planos e gosto, algumas vezes, a maioria das vezes, que eles falhem, não aconteçam como planejei. E o futuro é uma bolha de sabão que estoura no ar e seus respingos molham fragmentadamente por aí teias que teci.
Já o presente... (o meu) Deixo escorrer pelos dedos dos que e que me possua!...
E no fim, o trem, de alguma maneira, já partiu mesmo...
Descubro-me a cada passar de dia, noto o quanto sou volúvel a música que é entoada ao fundo, pela vitrola já desgastada pelo correr dos anos. O meu pensamento não é complexo, porém tão menos linear. Possivelmente eu seja justa, no entanto a única certeza que carrego é a da fidelidade a mim mesma, aos meus desejos. Já perdi tantas vezes, ganhei tantas outras, e não me importa mais competir comigo. Cansei de me cansar e tantas insistidas vezes correr contra o instante completo.
O (meu) passado tem o peso de uma caixinha musical, em que toda vez que a abro salta a pequena bailarina, de saia rodada, equilibrando-se sobre a ponta dos pés,e rodando, e movimentando nostalgicamente o segundo, e com os braços erguidos implorando apego. Sem parar, sem cessar, sem desistir. E “bum”! A fecho de novo.
O (meu) futuro é utópico. Lembro-me de fazer dele uma quimera e possivelmente por isso eu viva descontente. E esse descontentamento me faz encarar a vida como uma ausência contínua, mas que pouco me importa estar completa. Gosto de sofrer antecipadamente pelo o que não aconteceu. Gosto de fazer planos e gosto, algumas vezes, a maioria das vezes, que eles falhem, não aconteçam como planejei. E o futuro é uma bolha de sabão que estoura no ar e seus respingos molham fragmentadamente por aí teias que teci.
Já o presente... (o meu) Deixo escorrer pelos dedos dos que e que me possua!...
E no fim, o trem, de alguma maneira, já partiu mesmo...
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