quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Os capítulos - parte I

Eis a prova de que quando tudo tem que dar certo... dá errado só para me contrariar!!

1º capítulo: O Envelhecente - Tudo que tinha para dar certo deu errado. O que são dezoito anos antes ou depois? Quando nasci ele já brincava de fazer bebê... E eu aprendia a mamar no seio de minha mãe. A Calvice X A Cabeleira. O encontro abortado. A panqueca congelada. O pub sem músicos. A internet depredada. No palco do Satyros. Na noite vazia. Nas mentiras sinceras que tanto me interessaram.

2º capítulo: O Bebê-Alcool - Pelo menos aprendi a jogar bilhar! Carinha de menininho, mas coração de um leão bruto. Nasceu dois anos antes de mim, no entanto parece que vive anos luz na frente, gosta do rock desengonçado, das bebidas quentes, da fumaça cinza do cigarro e dos palavrões desgovernados. Fui na Virada para vê-lo e não vi. Ia para a faculdade pirua só para passar por ele e este abaixava a cabeça. Cruzei com ele na balada e foi embora pro hospital sem ao menos me ver no maldito show. Eram tardes perdidas no mundo virtual em conversas sem sentido para acabar um dia no metrô com um "Não vai rolar!!". E ele trancou a matricula neste ano.

3º capítulo: O Vizinho - Depois de cinco longos anos correndo descalça e descabelada pela rua, descobri um amor! Ele estava ao meu lado todos os dias. Viu-me criar peitos e crescer etapas na vida. Catorze anos luz na frente para ele o faz sentir-se ainda um garotinho e tem vergonha de contar que a idade avançou depressa (ou não!). O Sorriso Dourado, transformou-se no Maracujá Enrugado! As longas conversas de dia e de noite, o trabalho abandonado só para passar mais tempo perto dele, nada fez sentido. A ido ao teatro, ao invés do pancadão era o tudo ou nada. E deu em nada. O cd com músicas cultis fez recuar mais ainda. Ainda sonho com ele e quero defendê-lo. Ele me olha, mas a vida tem caminhos diferentes hoje.

4º capítulo: O Italiano - Vindo de Pernambuco, nos encontros noturnos em Lotação nos aproximamos.Este era onze aninhos só, e eu podia acreditar que eram quase despercebidos. Combinamos a vida descobrir e em nada levou. Professores ambos. Amantes de arte. Ele músico, eu atriz. Um amando o que o outro fazia. No cancelamento de tudo que marcávamos, nunca mais deu notícias. Nem o vi. Nem apareceu de relance. Nem respondeu o meu chamado. Só mais um maluco. Amou minhas poesias.


Aguardem os próximos capítulos...

Nenhum comentário: