quarta-feira, 15 de abril de 2009

Gentes

Sinto que nunca vou perder essa sensação nostalgica que vive a me pegar desprevenida...

É simples voltar os pensamentos e sentir o que acontecia a exatamente um ano atrás...
Um rapaz maluco, beberrão, menino de tudo me perturbava todas os dias pela tarde com conversas insanas. Pouco trabalhava e meu dia parava das 14h as 17h só para manter contato com o figura escangalhado que se sentia o máximo e se auto-afirmava o tempo todo.
Depois a noite era um prazer ir para a faculdade e vê-lo como cabelo desarrumado, com o cigarro entre os dedos e os amigos rodeá-lo. De longe, o observando, rindo de suas loucas atitudes... As cabuladas engraçadas para ir até o bilhar do Tchê. E tudo era divertidissimo, sobretudo quase aprender a jogar bilhar com um garotinho injuriado.
Mas foi ele quem não me causou aflições. Só descontracção e animo para atravessar Sampa e ir até a faculdade para vê-lo, fazer pose...

Também me recordo daquele que nunca partiu por completo. Que tingiu todas as paredes da minha emoção e fez tudo explodir em mim... A menina, a mulher, a agonia e o regozijo.
Era aquele violoncelo nas mãos, o mistério no olhar e sua voz quase sussurada dirigida a mim. Em momentos exclusivamente a mim.

É... acho que houveram coisas boas que passaram apesar do tempo incurável e das emoções adormecidas.

Tem gente nova surgindo.
Tem gente nova partindo.
Tem gente nova rindo.
Tem gente nova progredindo.
Tem gente nova, nova de verdade.
Tem gente nova que é velha.
Tem gente nova amando.
Tem gente nova sendo amada!




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