Não sei porque eu li tantas vezes as cartas que você nunca me mandou e cantei tantas vezes a musica que você nunca soube que era nossa...
Não entendo como consigo sorrir tantas vezes com um gosto amargo na boca e um suor desconhecido em meu rosto...
Não acredito que você nunca fechou a porta qual jamais entendeu ter aberto um dia, sem receio nem mesmo medo de errar...
Não entendo esta minha falta de medo de ter um desconhecido de longas datas ao meu lado e o desejo que sinto de tê-lo ao lado do meu leito e dormir ao meu lado e acordar no dia seguinte e tocá-lo e ele me tocar...
Não sei quantas vezes eu disse adeus e recuei retornando meus pensamentos e trazendo-os novamente ao teus pés...
Não acredito em todas as vezes que quis me prender ao teu caminhar pausado e agarrar-me em teus pêlos...
Não aceito meus medos, nem mesmo os teus, não quero nosso anseio e nem mesmo nosso desgosto...
Não quero hoje e nem mais um dia não querer você, não querer nossa loucura vã que corre o mundo de mãos dadas...
Não desejo beijos eternos que não partam dos teus lábios, nem abraços infinitos que não são teus enlaços...
Não quero rubi, nem açúcar mascavo, nem o céu, nem as estrelas, nem minhas unhas vermelhas se não tiver aqui o teu perfume que desconheço...
Não rirei meu riso bobo, nem farei mais minha cara de assustada quando te reencontrar se por caminhos inexatos teus passos continuarem a vagar...
Não continuarei meus versos, nem prosas e menos ainda escreverei poesias enquanto não beber teu liquido sadio e vital que reacenderá a minha alma e me trará o amor eterno que rogam minha veias para continuarem a latejar e pulsar!
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