É muito justo ser justo. E é bonito ser bom. Há uma linha tênue e poética que divide opiniões, classificando as pessoas em boas ou más. E é nosso próprio bom e justo Deus que nos cria assim: Bons e Maus. Somos tecidos por fios de hostilidade e pensamento que em cada categoria se manifesta de uma forma. Está dentro de cada homem a consequência de seus atos: sim, tanto vocês, como aquele que vos fala espera pelos outros. Vocês podem esperar que as pessoas tenham piedade de vossas dores, enquanto eu espero que elas sintam dor pela minha falta de piedade, até comigo mesmo. Há quem seja dignamente bom diante do mundo pelo fato de um dia ter oferecido um copo de água a um funcionário de limpeza pública, ter doado as roupas que já não lhe serviam mais, por participar com o silêncio de conscentimento em reuniões religiosas, por ter piedade daqueles que tem menos que ele, por acreditar que todas as conquistas estão em poder do divino Deus. Agem por dó de si mesmos e estão vivos e isso lhes é um suplicio. Se posso acreditar que tenho uma alma, não faço questão de salvá-la. Quem se salva sabe para onde vai e o que faz é traçar um caminho para chegar até lá. E os que não estão entre os que se salvam, os que não irão se redimir das culpas que não carregam, é possível saber qual será o seu destino? Esse mistério fraganciado pelo ar é o que me estimula. Gosto do desconhecido e do que não é eterno. Nem sempre eu sei o que quero para mim, mas quando quero, eu tenho. Eu não quero ser só mais uma massa sovada de pão. Não faço questão de ser parte dos bons...
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