"Eu queria ser eternamente criança... Para que quando eu caísse, as pessoas ao invés de rirem de mim, me segurassem pelas mãos e me mostrassem que tudo estaria sobre controle..."
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
O Cordão de Prata
Disseram-me que somos ligados à vida por um “cordão de prata” que sai de nossos espíritos e liga-nos ao corpo material. Quando morremos é porque este mesmo cordão se rompeu.
E por quantas vezes esticamos tanto este Cordão que acreditamos estar partindo-o, mas no entanto, em breve nos vemos inteiros, e vivos, e respirando, e fazendo, e realizando, e concretizando.
No último dia 26 ao subir no palco junto ao que resta da galera orgueana senti os meus sentidos tão vitais pulsando dentro de mim... Talvez pela energia, pela troca, por um êxtase que não sentia a um bom tempo. Uma realização incomensurável de uma agonia que ardia dentro do peito e fazia latejar a cabeça, o corpo e a alma.
A gente pisa no palco. Convida a platéia que a principio é um tanto resistente. Cedem. Juntam-se a nós sobre o mesmo chão. Nos olham esperando algo súbito e tranqüilos iniciamos a apresentação de nosso processo. Vemos a morte perder seu domínio e o Cordão de Prata se fortificar intensamente com a energia que nos é transmitida com aquele público carregado de dádivas, tão perto de nós, nos oferecendo tamanha força positiva.
Em silêncio nos olhamos, sorrimos um riso entreaberto no canto da boca, olhamos ao nosso redor e nos sentimos atores de novo. É. Havia um quê de gente submissa e insegura dentro de nós que foi liberto. Sedentos de prazer, gritamos para nossos fantasmas que tentaram romper o Cordão: “Sentir o Org é Inevitável!”.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Naquele lugar
Eu estava ali...
Sentada com os pés cruzados, ouvindo casos da vida sempre tão perdida, aguardando de braços abertos o momento do vento soprar forte uma rajada e eu pular em direção ao precípicio...
Você chegou com riso nos lábios e ternura no coração. Olhou em meus olhos e penetrou-me uma alegria imensa que fez vibrar todo o meu ser. Abraçou-me em seu colo de paz e como eu quis que ficasse ali até perdermos a noção das horas...
Queria que prendesse meu corpo junto ao teu e não soltasse mais. Que dissesse meias palavras loucas e embebedecesse minha boca na tua boca. E segurasse nas minhas mãos e não soltasse mais. Guiasse meus pensamentos, meus desejos e tornasse gêmea a minha vontade. E tudo mais que há de perfeito no instante que nossas vidas se cruzam.
Gosto tanto dessa sua atmosfra perdida e vaga. Desta neblina que você envolve meu espírito. Deste cheiro de jasmim que fica preso em nosso ar. Destes teus olhos quase tímidos que me aprissionam tão facilmente.
Ei, venha de verdade! E venha depressa!
Venha, pois o meu peito está gelando e aquele outro Cortês pode chegar primeiro.
Eu tenho medo. Medo de mim mesma, crê?
Mas te quero tanto, tanto, tanto...
Sentada com os pés cruzados, ouvindo casos da vida sempre tão perdida, aguardando de braços abertos o momento do vento soprar forte uma rajada e eu pular em direção ao precípicio...
Você chegou com riso nos lábios e ternura no coração. Olhou em meus olhos e penetrou-me uma alegria imensa que fez vibrar todo o meu ser. Abraçou-me em seu colo de paz e como eu quis que ficasse ali até perdermos a noção das horas...
Queria que prendesse meu corpo junto ao teu e não soltasse mais. Que dissesse meias palavras loucas e embebedecesse minha boca na tua boca. E segurasse nas minhas mãos e não soltasse mais. Guiasse meus pensamentos, meus desejos e tornasse gêmea a minha vontade. E tudo mais que há de perfeito no instante que nossas vidas se cruzam.
Gosto tanto dessa sua atmosfra perdida e vaga. Desta neblina que você envolve meu espírito. Deste cheiro de jasmim que fica preso em nosso ar. Destes teus olhos quase tímidos que me aprissionam tão facilmente.
Ei, venha de verdade! E venha depressa!
Venha, pois o meu peito está gelando e aquele outro Cortês pode chegar primeiro.
Eu tenho medo. Medo de mim mesma, crê?
Mas te quero tanto, tanto, tanto...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Nesses dias aqui
Daí pensei em te escrever. Contive a vontade de te ligar e dizer o quanto foi bom estar na tua presença... E rir, e quase abraçar, e falar, e conjugar, e dizer tolices, e deixar um suspiro entreaberto no ar. Julguei que talvez não gostasse de ler-me, então apaguei. Pensei que fosse incomodo demasiado ouvir-me falar o que já sabe, desisti.
Recusei a mim mesma revelar que ensaiei uma porção de palavras feito menina, desfilei efeitos nos meus pensamentos como uma quase mulher, mirabolei diversos acordes mistos a canções idem a uma garotinha disparada, escrevi centenas de letras que já bem conhece na personalidade da feminina que sou... E tudo permiti ocorrer dentro de mim.
E comigo mesma tenho divido a tempestade que me atormenta, o riso que me aprisiona, o passo em que me perco, a voz que me cala, o calor que me sufoca.
Num daqueles dias passados entreguei todo meu ouro a uma alma tão perdida quanto a minha.
Como dizer para você eu nem sei... mas tem algo preso aqui, sabe?!
Recusei a mim mesma revelar que ensaiei uma porção de palavras feito menina, desfilei efeitos nos meus pensamentos como uma quase mulher, mirabolei diversos acordes mistos a canções idem a uma garotinha disparada, escrevi centenas de letras que já bem conhece na personalidade da feminina que sou... E tudo permiti ocorrer dentro de mim.
E comigo mesma tenho divido a tempestade que me atormenta, o riso que me aprisiona, o passo em que me perco, a voz que me cala, o calor que me sufoca.
Num daqueles dias passados entreguei todo meu ouro a uma alma tão perdida quanto a minha.
Como dizer para você eu nem sei... mas tem algo preso aqui, sabe?!
Exaustão
Nesta noite vou contar as horas bem devagar...
Vou abaixar o volume do rádio, dispensar meus livros, desligar-me do mundo que comigo grita a todo momento.
E nestes momentos vou ficar a mirabolar um plano, um jeito, uma maneira, uma idéia qualquer que consiga transportar-me ao teu universo... E lá, bem dentro, quero brilhar feito rubi que se lapida dia-a-dia para manter seu valor intacto.
Senti meu cabelo crescer nos últimos dias. Também pintei de mais claro as minhas unhas para dar mais leveza as minhas mãos. Tentei sorrir mais sincera. Desfiz-me de papéis e escrevi mais poesias. Olhei mais atentamente para as paredes do meu quarto. Bebi uma água bem gelada. Ouvi o pingar das gotas serenas de uma torneira meio aberta. Mirei fotos antigas e cantei músicas velhas. Vesti-me de roupas mais coloridas. Joguei fora as flores que estavam já murchas.
Vou abaixar o volume do rádio, dispensar meus livros, desligar-me do mundo que comigo grita a todo momento.
E nestes momentos vou ficar a mirabolar um plano, um jeito, uma maneira, uma idéia qualquer que consiga transportar-me ao teu universo... E lá, bem dentro, quero brilhar feito rubi que se lapida dia-a-dia para manter seu valor intacto.
Senti meu cabelo crescer nos últimos dias. Também pintei de mais claro as minhas unhas para dar mais leveza as minhas mãos. Tentei sorrir mais sincera. Desfiz-me de papéis e escrevi mais poesias. Olhei mais atentamente para as paredes do meu quarto. Bebi uma água bem gelada. Ouvi o pingar das gotas serenas de uma torneira meio aberta. Mirei fotos antigas e cantei músicas velhas. Vesti-me de roupas mais coloridas. Joguei fora as flores que estavam já murchas.
sábado, 18 de outubro de 2008
Virilidade x Covardia
A virilidade grita dentro da caverna só para ouvir o eco,
A covardia senta na pedra com medo de cair.
A virilidade molha o corpo todo na cachoeira,
A covardia teme por afogar-se.
A virilidade caça pelo dia leões,
A covardia busca pela noite vagalumes.
A virilidade sufoca as lágrimas,
A covardia chora desenfreada.
A virilidade veste azul, rosa, branco,
A covardia usa preto, vermelho.
A virilidade corre pelos campos,
A covardia senta para tomar um vento gelado no rosto.
A virilidade nada até o fundo do mar,
A covardia pula sete ondas para dar sorte.
A virilidade anda descalça na rua de paralelepipedo,
A covardia toma banho de sapatos.
A virilidade nunca pisa nos freios do automóvel,
A covardia sempre lembra do cinto de segurança.
A virilidade dança na chuva,
A covardia carrega um guarda-chuva à tira-colo.
A virilidade canta músicas desafinadas,
A covardia escreve num quarto escuro.
A virilidade lateja,
A covardia esconde.
Quem sou?
Descubro-me e devoro-me.
Então calo.
Vivo covarde e viril simultaneamente.
E por qual vereda?
Nem eu sei!
A covardia senta na pedra com medo de cair.
A virilidade molha o corpo todo na cachoeira,
A covardia teme por afogar-se.
A virilidade caça pelo dia leões,
A covardia busca pela noite vagalumes.
A virilidade sufoca as lágrimas,
A covardia chora desenfreada.
A virilidade veste azul, rosa, branco,
A covardia usa preto, vermelho.
A virilidade corre pelos campos,
A covardia senta para tomar um vento gelado no rosto.
A virilidade nada até o fundo do mar,
A covardia pula sete ondas para dar sorte.
A virilidade anda descalça na rua de paralelepipedo,
A covardia toma banho de sapatos.
A virilidade nunca pisa nos freios do automóvel,
A covardia sempre lembra do cinto de segurança.
A virilidade dança na chuva,
A covardia carrega um guarda-chuva à tira-colo.
A virilidade canta músicas desafinadas,
A covardia escreve num quarto escuro.
A virilidade lateja,
A covardia esconde.
Quem sou?
Descubro-me e devoro-me.
Então calo.
Vivo covarde e viril simultaneamente.
E por qual vereda?
Nem eu sei!
.Esta noite.

Esta noite vou pentear meus cabelos bem lentamente antes de dormir...
Vou olhar pro céu e lembrar de contar todas as estrelas.
Vou ler meus diários, minhas agendas, minhas poesias e minhas frustrações.
Vou ouvir as canções que fazem-me lembrar você e cantar em sussurros todas elas.
Vou rasgar minhas cartas antigas e esquecer o que disse o mensageiro dos céus, ou do inferno.
Vou relembrar as palavras que disse-me em loucos momentos e que fizeram-me tão bem.
Vou tentar conter a força que arremeça minhas lágrimas a face.
Esta noite vou dormir bem cedo: antes do sol aparecer, sob a escuridão inóspita...
Vou descalçar meus pés e ficar olhando-os, recordando os passos errados que já percorreram.
Vou ensaiar uma dança funesta sozinha, assim não terei medo de errar a coreagrafia.
Vou riscar um fósforo e o verei consumir-se todo acompanhando minha força.
Vou abrir a geladeira e deixar meu coração lá dentro para resfriar.
Vou caminhar pela casa e apagar todas as luzes.
Vou conferir meus pares de brincos e separá-los por cor e tamanho.
Esta noite vou ver os carros seguirem uma direção qualquer...
Vou desarrumar minhas roupas todas pelo chão e eleger as mais simples para sair.
Vou cortar minhas unhas e pintá-las novamente de vermelho.
Vou escrever poemas como quem morre com caneta cor vermelha.
Vou imaginar o ensaio de amanhã e criar alguma frase para dizer que estou levando a vida.
Vou costurar meu vestido desbotado e abotoar todos os botões das minhas calças.
Vou provar todos os meus perfumes e fazer uma lista de programas para a primavera.
Vou provar batons distintos e maquiar meu rosto feito puta de cabaré.
Esta noite vou perturbar minha alma para que somente esta noite ela deixe de buscar a você...
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
A noite passada...
Esperei por tanto tempo
Esse tempo agora acabou
Demorou mas fez sentido
Fez sentido que chegou...
Eu pensei
Que não fosse nunca
Mas agora já se foi
Nunca mais parece triste
Triste eu era
Agora passou...
Trocaria a eternidade
Pela noite que chegou!
"Que eu trocaria a eternidade por esta noite!"
Por que está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se pôr
Por que está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for...
Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...
Vê se ao menos me engole
Não me mastigue assim...
*Traduz meus momentos reais... de hoje!"
Esse tempo agora acabou
Demorou mas fez sentido
Fez sentido que chegou...
Eu pensei
Que não fosse nunca
Mas agora já se foi
Nunca mais parece triste
Triste eu era
Agora passou...
Trocaria a eternidade
Pela noite que chegou!
"Que eu trocaria a eternidade por esta noite!"
Por que está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se pôr
Por que está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for...
Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...
Vê se ao menos me engole
Não me mastigue assim...
*Traduz meus momentos reais... de hoje!"
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Ela e não eu...
Por que com ela e não comigo?
Ela acredita em Deus, e eu também...
Ela te vê todos os dias, e eu também via...
Ela deve te falar besteiras, e eu também falava...
Eu atendia teu chamado, enganava as horas, contava os minutos, corria se você chamava...
Agora eu vomito inveja! E só.
Ela acredita em Deus, e eu também...
Ela te vê todos os dias, e eu também via...
Ela deve te falar besteiras, e eu também falava...
Eu atendia teu chamado, enganava as horas, contava os minutos, corria se você chamava...
Agora eu vomito inveja! E só.
Em Mim...
Porque eu queria ser Tua,
Só Tua
E de mais ninguém...
Porque eu queria deitar na tua cama,
Só na tua
E na de mais ninguém...
Porque eu queria ter Você,
Só Você
E mais ninguém...
Porque eu queria teu corpo no meu,
Só o teu
E o de mais ninguém...
Porque eu queria teus beijos,
Só os teus
E os de mais ninguém...
Porque eu queria tua pele,
Só a tua
E a de mais ninguém...
Porque eu queria tuas canções,
Só as tuas
E as de mais ninguém...
Porque eu queria teu calor,
Só o teu
E o de mais ninguém...
Porque eu queria te amar,
Só te amar
E a mais ninguém... Mas não dá!
Só Tua
E de mais ninguém...
Porque eu queria deitar na tua cama,
Só na tua
E na de mais ninguém...
Porque eu queria ter Você,
Só Você
E mais ninguém...
Porque eu queria teu corpo no meu,
Só o teu
E o de mais ninguém...
Porque eu queria teus beijos,
Só os teus
E os de mais ninguém...
Porque eu queria tua pele,
Só a tua
E a de mais ninguém...
Porque eu queria tuas canções,
Só as tuas
E as de mais ninguém...
Porque eu queria teu calor,
Só o teu
E o de mais ninguém...
Porque eu queria te amar,
Só te amar
E a mais ninguém... Mas não dá!
Comer Você

Não esquenta não! Eu não vou comer você!!
...Embora eu tenha uma fome insaciável de ti!
...Embora eu tenha uma fome insaciável de ti!
É o Diabo você todo...
Sua voz louca,
Seus passos perdidos,
Sua gana de ganhar,
Seus lábios de fel,
Suas mãos calejadas,
Seu corpo quente,
Sua indecisão corrosiva,
Seus olhos enfeitiçados,
Seus pêlos entrelaçados,
Seus dias de neblina,
Sua ausência lacunar,
Sua solidão confusa,
Suas canções ritmadas,
Seus acordes afinados,
Sua desorientação orientada,
Seus cabelos molhados,
Seus dedos possessos,
Suas feridas desatinadas,
Seus discos furados,
Seus freios gastos,
Seus medos subentendidos,
Suas frases metódicas,
Seus efeitos contrários,
Sua falta que tanto me irrita!
Você lembrará de mim até quando?
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