Conversava com minhas adoráveis amigas Daiane e Mayra nesta semana, num bar bacana, que fica ali em frente a praça Dom José Gaspar no Anhangabaú. Gosto do clima quente, à meia luz... Das pessoas que frenquentam bares noturnos com ar misterioso suspenso no olhar e trazem no semblante uma solidão incontestável.
Tocava música ao fundo. Um rapaz baixinho, com um violão acústico, tocava o que lhe pedia. E tocava bem. De Roupa Nova a Velha Guarda.
Minha amigas adriram a Cabala. E falavam sobre suas novas experiências e expectativas. O silêncio das ladainhas tecidas sobre a vida foi rompida por um comentário da adorável Daiane: "Músicas são como novos abraços daqueles que um dia passaram por nossos caminhos." Recuperei os pensamentos perdidos na imensidão do meu próprio mundo, enchi os copos com mais cerveja, brindamos e permeamos um pensamento musical.
As pessoas são músicas, as palavras são partituras, as idéias são canções... Tudo tão fragmentado, embalado em ritmos compostos pela exatidão do momento em que se vive. E hoje é dia de frevo.
Tenho sentido a vida colorida e os sons que vibram e permeiam a minha existência fazem com que eu dance um ritmo nada funesto, mas sim alegre. Os assobios de um instrumento qualquer, a sinfonia de uma valsa contente e os passos de um flamenco cadenciado. Tanta sofisticação, tanto barulho... e rompem com o nada.
Depois de umas e outras, Mayra assumiu o medo da noite. Daiane sorriu e disse adorar a noite. Eu, por minha vez, afirmei amar gente - nem todo mundo gosta das pessoas.
Foram umas birinights à mais. Uns risos daqueles que não damos a todo o tempo. Foi um minuano que varreu a poeira que adentrava em nossas almas impedindo-nos de permitir certas coisas, de nos permitirmos para a vida enfim.
Brindamos pela última vez cantando em coro: "SIM, TODO AMOR É SAGRADO!"
E já era hora de partir... O bar haveria de fechar.
"Eu queria ser eternamente criança... Para que quando eu caísse, as pessoas ao invés de rirem de mim, me segurassem pelas mãos e me mostrassem que tudo estaria sobre controle..."
sexta-feira, 27 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
A fase
A música é algo fundamental na minha vida. Gosto de cantar, embora não tenha muita afinação. Sinto-me conectada comigo mesma quando ouço uma voz entoar sentimentos que passo, vibrar em ritmos que me balançam.
Hoje, exatamente hoje, estou me sentindo excluída da música... Parece-me que elas tocam, mas não me encontram.
Aconteceu coisas que eu temia: Tenho nas mãos algo que não pertence a mim. Está ao meu lado, faz-me crescer e também pular na linha do trem.
Nunca gostei dessa sensação de antítese. Deste vazio de ser e ter. Desta metade do inteiro que está na minha alma.
Por que será que as pessoas tem tanto medo de ser feliz e de me fazer feliz? - Eu fui feita para ser feliz! Ainda que sozinha.
Tenho criado uma porção de teorias acerca do ser humano e cada vez mais sinto vontade de ficar sozinha, isolada dessa humanidade toda.
E as horas tem varrido os dias para longe de mim.
Percebo um desespero de ver o tempo, de sentir o tempo, de não sentir nada, de nada ser concreto.
Percebo-me amargurada, angustiada, aprisionada. E de que importa? - Amanhã é um outro dia. E espero estar bem e mais animada para continuar navegando na vida...
Hoje, exatamente hoje, estou me sentindo excluída da música... Parece-me que elas tocam, mas não me encontram.
Aconteceu coisas que eu temia: Tenho nas mãos algo que não pertence a mim. Está ao meu lado, faz-me crescer e também pular na linha do trem.
Nunca gostei dessa sensação de antítese. Deste vazio de ser e ter. Desta metade do inteiro que está na minha alma.
Por que será que as pessoas tem tanto medo de ser feliz e de me fazer feliz? - Eu fui feita para ser feliz! Ainda que sozinha.
Tenho criado uma porção de teorias acerca do ser humano e cada vez mais sinto vontade de ficar sozinha, isolada dessa humanidade toda.
E as horas tem varrido os dias para longe de mim.
Percebo um desespero de ver o tempo, de sentir o tempo, de não sentir nada, de nada ser concreto.
Percebo-me amargurada, angustiada, aprisionada. E de que importa? - Amanhã é um outro dia. E espero estar bem e mais animada para continuar navegando na vida...
terça-feira, 17 de março de 2009
As coisas que ainda farei:
1º Andar nua na areia da praia;
2º Ir num show da Bethânia;
3º Pular de um lugar bem alto;
4º Tomar um porre e esquecer até meu nome;
5º Casar;
6º Conhecer Roberto Carlos;
7º Desfazer das velhas agendas;
8º Aprender a dançar bonitinho;
9º Tocar um instrumento musical que me agrada;
10º Cortar meu cabelo curtinho.
2º Ir num show da Bethânia;
3º Pular de um lugar bem alto;
4º Tomar um porre e esquecer até meu nome;
5º Casar;
6º Conhecer Roberto Carlos;
7º Desfazer das velhas agendas;
8º Aprender a dançar bonitinho;
9º Tocar um instrumento musical que me agrada;
10º Cortar meu cabelo curtinho.
As coisas que me deixam mal-humorada:
1º Gente que fala alto;
2º Ser acordada;
3º Deixar o telefone tocando e não atender de propósito;
4º Andar em meio a multidão;
5º Esquecer coisas importantes;
6º Feriados em ócio;
7º Mexerem nos meus pertences;
8º Joguinhos de adivinhações;
9º Meia verdades;
10º Atrasos.
2º Ser acordada;
3º Deixar o telefone tocando e não atender de propósito;
4º Andar em meio a multidão;
5º Esquecer coisas importantes;
6º Feriados em ócio;
7º Mexerem nos meus pertences;
8º Joguinhos de adivinhações;
9º Meia verdades;
10º Atrasos.
As coisas que mais me agradam:
1º Ouvir Chico Buarque como suas músicas cafonas;
2º Olhar para o teto do meu quarto e imaginar tragédias alheias;
3º Conseguir chegar ao meu destino quando saio;
4º Conversar com gente inteligente;
5º Dormir durante a tarde;
6º Abraçar bem forte;
7º Ver pessoa bonita de longe;
8º A temperatura fria;
9º Frequentar a botecos diferentes;
10º Descobrir coisas óbvias.
2º Olhar para o teto do meu quarto e imaginar tragédias alheias;
3º Conseguir chegar ao meu destino quando saio;
4º Conversar com gente inteligente;
5º Dormir durante a tarde;
6º Abraçar bem forte;
7º Ver pessoa bonita de longe;
8º A temperatura fria;
9º Frequentar a botecos diferentes;
10º Descobrir coisas óbvias.
Nos ultimos tempos...
Justamente eu que sempre achei que tinha razão em tudo, acabei de me perder entre as emoções da vida.
Descobri como é sentir saudades de alguém que acabou de partir. É que esse ser foi tão depressa que faltou um adeus final.
Descobri a intensidade de um olhar retribuído. As pessoas quando querem te convencer fitam profundamente a retina e apelam.
Descobri o tempo. Cada homem leva seus minutos, suas horas, seus segundos para entender suas verdades.
Descobri o poder das palavras. Algumas poder ser fieis, brandas e renascer o despedaçado. Outras podem ferir mais que machados as árvores, perturbar e enlouquecer.
Descobri o gosto do beijo de amor. Aquele que mesmo lento acelera o coração, acelerado acalma a alma.
Descobri o peso das escolhas erradas. A gente age e depois o tempo e a lógica não permitem retornarmos.
Descobri as tardes de ócio. Pude aproveitá-las melhor depois de tê-las perdida uma vez. Gosto de ficar sem fazer nada fazendo algo.
Descobri músicas e músicos. Ouvi canções loucas e insanas, bem orquestradas e mal compostas. Ritmos lentos, rápidos e funestos.
Descobri gente. Que ri, fala besteiras e bobagens, que fala sério, que sofre de amor e que não sabe perder.
Descobri a mim, as minhas variações, meus medos, minha coragem, minha audácia, meu recuo.
E estou tão feliz...
Descobri como é sentir saudades de alguém que acabou de partir. É que esse ser foi tão depressa que faltou um adeus final.
Descobri a intensidade de um olhar retribuído. As pessoas quando querem te convencer fitam profundamente a retina e apelam.
Descobri o tempo. Cada homem leva seus minutos, suas horas, seus segundos para entender suas verdades.
Descobri o poder das palavras. Algumas poder ser fieis, brandas e renascer o despedaçado. Outras podem ferir mais que machados as árvores, perturbar e enlouquecer.
Descobri o gosto do beijo de amor. Aquele que mesmo lento acelera o coração, acelerado acalma a alma.
Descobri o peso das escolhas erradas. A gente age e depois o tempo e a lógica não permitem retornarmos.
Descobri as tardes de ócio. Pude aproveitá-las melhor depois de tê-las perdida uma vez. Gosto de ficar sem fazer nada fazendo algo.
Descobri músicas e músicos. Ouvi canções loucas e insanas, bem orquestradas e mal compostas. Ritmos lentos, rápidos e funestos.
Descobri gente. Que ri, fala besteiras e bobagens, que fala sério, que sofre de amor e que não sabe perder.
Descobri a mim, as minhas variações, meus medos, minha coragem, minha audácia, meu recuo.
E estou tão feliz...
segunda-feira, 9 de março de 2009
Mulheres do topo da árvore
"As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos. Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que esperar um pouco mais para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore”.
(Machado de Assis)
(Machado de Assis)
domingo, 8 de março de 2009
Mulherzinha, Mulher, Mulherão!
Mulherzinha sim! Para ficar madrugada à fora contando casos de amor mal-sucedido para a melhor amiga.
Mulher sim! Para ter sempre as unhas pintadas, mas faltando um pedaço de cor que a agua levou.
Mulherão sim! Para sair pela noite de salto alto, ainda que andando torta e com o calcanhar machucado.
Mulherzinha para chorar de solidão nas noites de verão.
Mulher para sorrir mesmo com o coração despedaçado.
Mulherão para ainda acreditar no sexo oposto e enlouquecê-lo.
Mulherzinha para cortar o cabelo e mudar a vida.
Mulher para pintar os olhos de preto e se sentir mais atraente.
Mulherão para não se abater com as cicatrizes que a rotina implanta.
Mulherzinha para andar de camisola pela casa durante o dia.
Mulher para usar batom vermelho quando sai.
Mulherão para beber num bar com classe.
Mulherzinha para escrever poesias que ninguém nunca lerá.
Mulher para pedir a Deus força para prosseguir adiante.
Mulherão para pedir perdão a mãe e ao irmão.
Mulherzinha para ter medo de andar no escuro.
Mulher para a acender a luz na madrugada.
Mulherão para beijar, abraçar e amar e se entregar.
Mulherzinha para ter frio de noite.
Mulher para saber cozinhar um bom arroz.
Mulherão para saber caminhar para frente, fazer curvas e ter curvas.
Mulherzinha para ligar e dizer Boa-Noite!
Mulher para chorar no colo dele.
Mulherão para dizer adeus.
Mulherzinha para dormir cedo.
Mulher para ouvir Maria Bethania e despejar lágrimas.
Mulherão para acordar ouvindo Chico Buarque em a Gota D'agua.
Mulherzinha para perder um dos brincos.
Mulher para amar fotografias.
Mulherão para adorar vestidos.
Mulherzinha para fazer coisas absurdas para os homens.
Mulher para sangrar todos os meses.
Mulherão para se entregar sem medo de ser feliz.
Mulherzinha, Mulher, Mulherão... Todas elas vibrando em mim... Ao mesmo tempo!
Mulher sim! Para ter sempre as unhas pintadas, mas faltando um pedaço de cor que a agua levou.
Mulherão sim! Para sair pela noite de salto alto, ainda que andando torta e com o calcanhar machucado.
Mulherzinha para chorar de solidão nas noites de verão.
Mulher para sorrir mesmo com o coração despedaçado.
Mulherão para ainda acreditar no sexo oposto e enlouquecê-lo.
Mulherzinha para cortar o cabelo e mudar a vida.
Mulher para pintar os olhos de preto e se sentir mais atraente.
Mulherão para não se abater com as cicatrizes que a rotina implanta.
Mulherzinha para andar de camisola pela casa durante o dia.
Mulher para usar batom vermelho quando sai.
Mulherão para beber num bar com classe.
Mulherzinha para escrever poesias que ninguém nunca lerá.
Mulher para pedir a Deus força para prosseguir adiante.
Mulherão para pedir perdão a mãe e ao irmão.
Mulherzinha para ter medo de andar no escuro.
Mulher para a acender a luz na madrugada.
Mulherão para beijar, abraçar e amar e se entregar.
Mulherzinha para ter frio de noite.
Mulher para saber cozinhar um bom arroz.
Mulherão para saber caminhar para frente, fazer curvas e ter curvas.
Mulherzinha para ligar e dizer Boa-Noite!
Mulher para chorar no colo dele.
Mulherão para dizer adeus.
Mulherzinha para dormir cedo.
Mulher para ouvir Maria Bethania e despejar lágrimas.
Mulherão para acordar ouvindo Chico Buarque em a Gota D'agua.
Mulherzinha para perder um dos brincos.
Mulher para amar fotografias.
Mulherão para adorar vestidos.
Mulherzinha para fazer coisas absurdas para os homens.
Mulher para sangrar todos os meses.
Mulherão para se entregar sem medo de ser feliz.
Mulherzinha, Mulher, Mulherão... Todas elas vibrando em mim... Ao mesmo tempo!
sábado, 7 de março de 2009
é Ele a luz
Eu só queria a oportunidade de ser incondicionalmente feliz, sem medir as lacunas que isso me causaria!
São sempre estas lacunas que não permitem que meu riso venha sincero, que minha alma floresça, que o dia nasça sem o peso de ter passado a noite de ontem...
Consigo acordar apaixonada todos os dias pela mesma luz, só não consigo mantê-la acesa ao meu lado!
Assinar:
Postagens (Atom)