Justamente eu que sempre achei que tinha razão em tudo, acabei de me perder entre as emoções da vida.
Descobri como é sentir saudades de alguém que acabou de partir. É que esse ser foi tão depressa que faltou um adeus final.
Descobri a intensidade de um olhar retribuído. As pessoas quando querem te convencer fitam profundamente a retina e apelam.
Descobri o tempo. Cada homem leva seus minutos, suas horas, seus segundos para entender suas verdades.
Descobri o poder das palavras. Algumas poder ser fieis, brandas e renascer o despedaçado. Outras podem ferir mais que machados as árvores, perturbar e enlouquecer.
Descobri o gosto do beijo de amor. Aquele que mesmo lento acelera o coração, acelerado acalma a alma.
Descobri o peso das escolhas erradas. A gente age e depois o tempo e a lógica não permitem retornarmos.
Descobri as tardes de ócio. Pude aproveitá-las melhor depois de tê-las perdida uma vez. Gosto de ficar sem fazer nada fazendo algo.
Descobri músicas e músicos. Ouvi canções loucas e insanas, bem orquestradas e mal compostas. Ritmos lentos, rápidos e funestos.
Descobri gente. Que ri, fala besteiras e bobagens, que fala sério, que sofre de amor e que não sabe perder.
Descobri a mim, as minhas variações, meus medos, minha coragem, minha audácia, meu recuo.
E estou tão feliz...
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