De repente a gente olha para a vida e vê que o sentido está nas coisas que nos marcaram profundamente, abrindo valas em nossas almas para enterrar bem no fundo a magia das coisas simples, das intensas, das profanas, das insensatas, das sem juízos... Viver não requer manual e nem entendimento. Requer coragem e as vezes um pouco de covardia para ainda estarmos vivos.
Apaixonei-me. E está paixão é a mais forte que já senti pulsar nas minhas veias. Vem de fora para dentro e de dentro para fora. Sem cobrar, sem pesar, sem doer, sem sangrar o tempo todo. É puro fogo, mas também calmaria. Uma quimera doce, mas também uma pueril ciranda que roda, e roda, e roda.
Descobri a leveza da vida. O pousar suave de uma borboleta me toma longos momentos. O rosnar de um cão me encanta. O som dos grilos infelizes é música para meus ouvidos. As palavras são acréscimos desnecessários em muitos instantes. As fotos são recordações, como mel e fel. Os cheiros entontecem e não entristecem. E tudo vale a pena. Tudo tem seu valor inestimável. Até as derrotas.
Agora, queiram perdoar minhas repentinas ausências. Busco o equilibrio entre o real e a utopia. As vezes sonho demais que perco a noção do limite. Tenho amigos reais, sons reais, dias reais, horas reais. Tenho os pés no chão e a cabeça na lua.
Estou ocupada vivendo o meu grande amor: a vida!
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