Desta vez as coisas parecem estar atadas aos meus passos e presas a minh'alma com correntes que se arrastam e causam som estridente e assustador.
Sei que esqueci de me vacinar e me joguei de cabeça numa atitude incerta e nada coerente. Mas tudo que é desastroso parece me atrair com mais intensidade e minha alegria vibra por pouco... O pouco que logo se acaba e morre a beira do mar.
Hoje meu riso não é sincero e não existem lágrimas. Minha voz é rouca e meus pensamentos falhos. Meus lábios frios e meu corpo em erupção.
Já não sei se desejo ao meu pior inimigo, ou se por ele criei uma paixão frustrante que corroe minhas entranhas todo instante... Todo instante, porque ele me persegue por pensamento todo segundo. Ele está na minha memória das coisas que não fizemos, das coisas que planejei sozinha, das coisas que queria inclui-lo, das coisas que ficam a perturbar-me.
Sei que tenho medo e insegurança. Quando estou com sentimentos loucos a rodear-me onde assemelho-me a uma menininha imatura que faz casa nos braços da mãe para o bicho papão não se aproximar. E eu quero o bicho papão. E ele quer comer a vovózinha. E depois devorar minh'alma, triturando-a. E eu quero estar viva. Sair viva. Respirar um segundo que não seja pensando ou buscando a ele. O homenzinho não sabe lhe dar com sentimentos tanto quanto eu. As vezes junta tudo nunca coisa só. Só as vezes. Nem sempre.
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