Nunca vou entender os meus sentimentos e desde já entrego os pontos...
Há pouco tempo atrás, quando entreguei minh'alma a um homem tímido que bateu a minha porta, deixei que ele levasse os meus sentidos todos e entorpecesse os ruídos do meu silêncio e confundisse as minhas ideologias.
Eu o desejei tanto, disse-lhe coisas lindas, não tive medo, quis arriscar, me jogar dum alto edifício e não ter medo de que ou de qual braço ou seguro me ampararia... Eu só queria ser feliz!
Hoje suas lembranças, as memórias das coisas, ficam a me cercar e rodear o meu ar suspenso e envolver minha cabeça confusa, embriagada numa frustração que revira minha vida inteira.
Sei que é complicado e errado relutar contra uma maré que antes já fez naufragar num pequeno barco, que fora já inundado de palavras belas, gestos carinhosos, sentimentos sem pudor.
Relembro nossos momentos de letras insanas em que propusemos abandonar nossos meios e nos entregarmos um ao outro sem receio de pertencer, de gostar, de desejar...
É um gozo de tormentas o que sinto, a ausência do calor de corpos nus se encontrando, se fecundando, se penetrando...
Queria apenas que tivéssemos dado certo. Simples e tão completo. A gente dizia coisas bonitas e sentíamos sensações ímpares. Uníamos nossos pensamentos e desejos num conteúdo só. Não havia império. Nenhum rei, nem rainha. Éramos metades geminianas cúmplices. Cada um de um lado. Mas se olhando e desvendando os mistérios.
Restou a promessa do telefone tocar, do filme de terror rodar, de nossos olhos se mirarem, da chuva cair forte, dos nossos peitos se aproximarem, de nossas vidas se cruzarem. Ficou o momento da espera que se calou na distância e no silêncio do medo... Será que por um dia você ainda pensa em mim? "F"
Um comentário:
Fico sem palavras...
Muito bonito e, pra te falar bem a verdade, a primeira impressão que eu tive ao ler o que vc escreveu, me parece muito sincero, verdadeiro.
Mas ainda sim fico sem palavras.
Grande beijo, meus parabéns e muitas felicidades!!!
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