Ele olhou nos meus olhos e sorriu como nunca o vi antes sorrir. Veio em minha direção e abraçou-me. Nos perdemos no meio das pessoas que nos cercavam.
O erro esteve presente quando ele me perguntou:"-Do que você tem medo?" Não entendendo, retruquei:"-Como assim, medo?" Ele disse:"Medo! Gostaria de saber do que as pessoas fortes sentem medo... e eu te acho tão forte, tão firme em suas opiniões!" Eu respondi:"É o coração o que me destrói... Sempre!" Ele:"Então, será que eu posso balançar o teu?"
E eu já estava desfeita de todas as minhas armas...
Estou sentindo um medo que até corroe minhas entranhas. Mas com um riso lascivo no canto da boca e um brilho extremo no olhar.
Ele me abraçou com as duas mãos e prendeu-me entre seu corpo quente. Desejei hospedar-me ali uns instantes, ao passo que quis voar para bem longe. Eu me senti debruçada sobre o parapeito de uma janela e um vento forte assoprava atrás de mim... Meu corpo pesava o tanto de uma folha de arvore perdida na imensidão...
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